CRÍTICA – Bridgerton (1ª temporada, 2020, Netflix)

A série foi inspirada na escritora Julia Quinn e adaptou a história do Duque de Hastings e da família Bridgetown durante a Regência de Londres. Shonda Land, produtora de "Shonda Rhimes" (Gray Anatomy, Scandal), trouxe-o para a Netflix. A série está cheia de fofocas, conspiração, traição e romance ardente.

SINOPSE

Adaptando os acontecimentos principais do volume 1 da saga Bridgerton (O Duque e eu), o seriado acompanha a relação de Simon Basset (Regé-Jean Page) e Daphne Bridgerton (Phoebe Dynevor) durante a temporada social em Londres no século XIX.

ANÁLISE

Tenha em mente uma combinação romântica de "Gossip Girl" em estilo da HBO. Esta pode ser a melhor definição do final da nova série da Netflix, Bridgetown. Julia Quinn escreveu muitos romances lendários, então há um grande número de fãs, adaptados de streaming , com sorte, um sucesso completo.

Narrada pela icônica Julie Andrews, que dá voz à personagem Lady Whistledown, a série apresenta a temporada social em Londres, onde todas as garotas procuram o par ideal para se casar. Ao despertar os olhos da Rainha Charlotte (Golda Rosheuvel), Daphne Bridgerton passa a ser a melhor partido daquela época (o diamante da temporada) , sendo cobiçada por todos os homens da cidade.

Devido às fofocas publicadas no jornal de Lady Whistledown, as coisas não acontecem como Daphne esperava. E assim, ela acaba criando um plano com Simon Basset, o duque de Hastings: eles vão fingir que estão apaixonados, garantindo que a garota seja cada vez mais cobiçada, e que ele fique fora do radar de outras garotas que estão desesperadas por um Casamento.

Além da história principal, outros personagens da família Bridgerton têm enredos específicos ao longo dos episódios. Além dos filhos, que não são o foco desta temporada, os irmãos Anthony (Jonathan Bailey), Eloise (Claudia Jessie), Colin (Luke Newton) e Benedict (Luke Thompson) também têm seus próprios momentos, mas sem grandes desdobramentos.

Se a produção seguir a lógica dos livros de Quinn, em que cada criança é o personagem principal de uma determinada temporada, esses personagens provavelmente terão um aproveitamento melhor nas próximas temporadas.

É perceptível o grande esforço em trazer uma interessante caracterização de figurinos e cenários para Bridgerton. No entanto, às vezes os vestidos são excessivamente justos para as atrizes, especialmente Lady Violet (Ruth Gemmell). Talvez tenha sido proposital, mas a sensação de desconforto é quase inevitável em algumas cenas.

A trilha sonora de Bridgerton é muito interessante e parece estrategicamente desenhada, buscando agradar o público que se interessa por grandes sucessos da atualidade. De Ariana Grande ao Maroon 5, muitas canções foram adaptadas para formatos orquestrais, tocando nos diversos bailes que acontecem ao longo da temporada.

A série criada e roteirizada por Chris Van Dusen tenta inserir algumas discussões sobre o papel da mulher na sociedade do século 19, principalmente por meio da personagem Eloise, mas todo o problema se perde um tanto nos diversos eventos do roteiro. Existem também várias personagens femininas em destaque, mas suas complexidades são pouco exploradas nesta primeira temporada.

O personagem com melhor background é certamente o Duque, interpretado por Regé-Jean Page. Apesar do desempenho mediano, o ator tem grande química com Phoebe Dynevor, que rende momentos muito divertidos, principalmente na primeira metade da temporada. Destaco também o núcleo da família Mondrich, que tem uma história interessante, em desacordo com toda a pompa e riqueza das famílias nobres de Londres.

VEREDITO

Bridgerton mistura o melhor de Gossip Girl com o charme dos romances de época. A produção tem tudo para agradar aos fãs da saga literária de Julia Quinn e acampar no Top 10 mais assistido pela Netflix Brasil.

Bridgerton foi lançado na Netflix no dia 25 de dezembro. Confira o trailer:

bjs

@anaresenha